Boa leitura e espero que gostem!
Certa vez li um e-mail enviado pelo meu
marido que falava sobre uma pesquisa feita por um psicólogo
da USP para sua tese de mestrado. Por oito anos este psicólogo fingiu ser gari
e percebeu-se como um ser invisível – o que o deixou bastante triste, pois até
mesmo seus próprios colegas de trabalho simplesmente nem o reconheciam e o
ignoravam.
Uma das conclusões a que ele chegou foi a
de que as pessoas, em geral, enxergam apenas a função social do outro e aqueles
que não estão bem posicionados na sociedade viram uma espécie de sombra social.
Não obstante, infeliz e ignorantemente, a
profissão docente — que ouso dizer — deveria ser vista como a mais importante
de todas — continua sendo desvalorizada em nosso país. Todos os profissionais
das mais diversas áreas, que possuem salários exorbitantes, foram pequenos um
dia e passaram por salas de aula nas quais aprenderam a ler, escrever e
calcular com professoras como eu, de crianças.
Assim, acredito que faz-se mister que haja
mais amor no mundo como um todo para que as relações interpessoais possam
sofrer uma evolução em todos os sentidos possíveis. Devemos não só ter amor ao próximo e tratá-lo
com respeito e dignidade, mas, sobretudo, o amor deve estar intrinsecamente
aliado à educação. Isto é algo cada vez mais necessário em todos os níveis
escolares, em especial no período de Educação Básica que tem por função
assegurar a formação comum indispensável para o exercício da cidadania.
Estamos a todo o momento vendo nos
noticiários a antiga fala de que é preciso investir na educação para que o país
torne-se de fato desenvolvido; todavia parece-me que apenas nós professores
entendemos o real valor de nossa profissão e isso é algo bastante prejudicial
que resulta no triste quadro educacional já conhecido. O
que será que falta para os governantes perceberem o valor da educação?
É comum pensar que ser professor é uma
tarefa fácil, simples e que requer pouco esforço, porém só ao abraçar
verdadeiramente esta profissão, conseguimos vislumbrar a complexidade que é
lidar diariamente com inúmeras realidades em sala de aula e, ainda, chegar a
casa do trabalho e continuar trabalhando. Porque um ofício baseado no amor, como o do magistério, é
atividade que não permite descansar, esquecer, abandonar.
Como educadora acredito que amar e educar
são os melhores verbos que eu conheço e que, para termos um país melhor,
precisamos de uma população bem educada. E, obviamente, não se pode educar bem
sem amar o que se faz: amor é o ingrediente que falta para um mundo melhor!
Desejo que cada docente, mesmo com todos
os desígnios do ofício, jamais se esqueça de sua importância como professor e coloque,
aos poucos, pitadas extras deste sentimento em suas aulas, em seu jeito de ser
e até mesmo em sua vida, pois com amor tudo fica mais fácil e é sabido que “o
homem torna-se tudo ou nada conforme a educação que recebe”.
Adorei o texto. Realmente o professor deveria ser mais valorizado, principalmente os das séries inicias, pois acredito ser a fase mais difícil para se educar. Ouvimos tanto que professor tem que ser valorizado, mas nada se faz a respeito, e vejo até alguns professores menosprezando a própria classe.
ResponderExcluirMas acredito que um dia teremos nosso valor.
O blog esta com um layout bem agradável e texto utilizado para abertura é tudo de bom! Parabéns
ResponderExcluirMuito obrigada, meninas! Escrevi este texto com bastante carinho e ele reflete muitos dos meus pensamentos com base na minha vivência, pois a todo momento vejo professores nada amorosos que parecem descontar suas insatisfações com a profissão em seus alunos e isso me entristece completamente. Sei que nunca poderei mudar a educação, mas tenho extremo cuidado ao ser educadora, sempre buscando a qualidade, e não consigo dissociar minha atuação da transmissão de valores - tão esquecidos em nossa sociedade.
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